
Não somos mais os mesmos de quatro meses atrás. Se estamos reavaliando
prioridades e ressignificando diferentes aspectos de nossas vidas, por certo
ocorre o mesmo com as relações e dinâmicas sociais, sobretudo no ambiente
profissional. Em alguns momentos, parece que muita coisa mudou,
incorporamos novos hábitos, criamos outra rotina e nos reinventamos em
alguns aspectos. Mas o que de fato estamos vivenciando é aceleração de
processos e tendências que ainda levariam algum tempo para amadurecer e se
tornar realidade em alguns mercados. A sensação é de que o futuro chegou
mais rápido do que imaginávamos.
O home office é um ótimo exemplo. Até então, apenas os segmentos ligados à
tecnologia e inovação, ou as empresas mais moderninhas, adotavam este
modelo. Agora, para depois da pandemia, esta passa a ser uma prática no
radar de muitas empresas tradicionais que estão se estruturando para o "novo
normal";. As reuniões presenciais deverão passar a ser pontuais e em situações
extremamente relevantes. E como fica o nosso negócio, que tanto dependia do
contato próximo com o cliente? Isso não mudou.
Pelo contrário, a percepção de risco aumentou. A pandemia trouxe uma
insegurança maior às pessoas, que passaram a se preocupar mais com a saúde,
o bem-estar e a vida de seus familiares e entes queridos. E nosso mercado
rapidamente se adequou para este momento: a pandemia nos mostrou que
fizemos bem a lição de casa. Sabíamos que estávamos no caminho de ser
digital, mas não imaginávamos o quanto já tínhamos avançado. Aqui na
CAPEMISA, por exemplo, conseguimos manter as operações com uma
infraestrutura tecnológica robusta e sistemas na nuvem. Nossa gerência de
Treinamento e Desenvolvimento também conseguiu preservar a aproximação
com nossos corretores parceiros, usando plataformas para interação e
treinamento, sensibilizando-os e orientando suas abordagens, para que
pudessem melhor atender a seus clientes, como consultores e especialistas que
são. Todos eles também puderam permanecer trabalhando de forma remota,
com autossuficiência, sem nenhum impacto para a comercialização.
Já o cliente, esse continua querendo mais eficiência, agilidade e rapidez. Isso
também não mudou. Mas ele experimentou, nesse momento tão desafiador,
novas formas de comunicação e conexões mais digitais, que pressupõem
também um menor tempo de resposta. Os processos, com isso, precisarão ser
ainda mais assertivos no mercado de seguros pós-pandemia, pois a
transformação digital exige customização e dinamismo na entrega.
O potencial do nosso mercado é enorme no Brasil e vejo esse segmento ampliando modelos que estão sendo implementados agora. Estamos
descobrindo oportunidades que trazem mais eficiência ao negócio, melhor nível
de oferta de serviços, menor custo para o cliente final, mais conforto e
qualidade de vida aos colaboradores e parceiros. É um (bom) caminho sem
volta. Seja bem-vindo, futuro.
Escrito por: Fabio Lessa é Diretor Comercial da CAPEMISA Seguradora