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Qual o papel que cabe ao corretor no pós-pandemia?


Henrique Brandão é presidente do Sincor-RJ e fundador da Assurê.

Os corretores de seguros, por justiça, devem constar de qualquer lista que se faça das categorias que estão se destacando e comprovando a relevância do seu trabalho para a sociedade desde o início da pandemia do coronavírus.


Pois, a exemplo de outros profissionais que vêm atuando com extrema dedicação, empatia e qualificação, como médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da área médica, os corretores de seguros dedicam boa parte dos seus dias para atender, orientar, proteger e amparar seus clientes.


Para melhor atender, diuturnamente, a todos que a eles recorreram em busca de orientação, os corretores de seguros rapidamente se adaptaram ao trabalho em home office, aliás, desmentindo, assim, a falácia segundo a qual a categoria teria dificuldades para utilizar novos tecnologias.


Os corretores foram além. Demonstraram que as maravilhosas tecnologias não podem substituir a figura do profissional que se preparou a vida toda para exercer sua atividade com qualidade e prestar um serviço de alto nível aos consumidores.


Assim, a pandemia do coronavírus nos proporcionou a oportunidade de provar, de vez, que a máquina não pode fazer tudo o que um ser humano qualificado já faz.


Há bons motivos para acreditarmos que esse processo se aprofundará no pós-pandemia. Muitos segurados se acostumaram com o atendimento feito por meio remoto, mas não abrem mão da qualidade, da informação detalhada sobre eventuais dúvidas, coberturas, vigências, cláusulas excluídas, direitos e deveres que constam dos contratos de seguros.


Somente o corretor é capaz de unir tecnologia, atendimento humano e conhecimento.


Como eu tenho repetido há tempos nos encontros com colegas corretores de seguros e com os seguradores, nada supera a relação pessoal, o atendimento feito pelo profissional que conhece, como ninguém, o segurado, a sua família, o seu negócio. Aquele que, com base nessas informações, pode indicar cada cobertura que o cliente necessita, o que ele não quer contratar mesmo que pareça ser algo excepcionalmente interessante.


A relação afetiva e pessoal não desaparece. A conversa direta, olho no olho, também não, ainda que seja feita por aplicativos ou redes sociais. Afinal, para isso, sim, a tecnologia é fundamental e importante.


Sem contar que os avanços tecnológicos não são capazes de mudar o comportamento dos consumidores que temem ou não suportam “falar com máquinas”. Não são poucos que preferem o atendimento personalizado.


Não ficarei surpreso, inclusive, se essa aversão aumentar com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que exigirá cuidados ainda maiores com a exposição de informações pessoais.


Seja como for, o espaço do corretor de seguros está assegurado “no novo normal”. Diria até que, possivelmente, será ampliado, acompanhando o mais que provável aumento exponencial da demanda por seguros no Brasil, como consequência do “susto” que o mundo levou diante da pandemia.


As prioridades mudaram. Mais do que nunca, o importante agora é proteger a vida e a saúde, de si própria e da família, o tempo todo, a qualquer momento.

A máquina não pode assegurar essa proteção em tempo integral. O corretor, sim, tem essa capacidade.


*Henrique Brandão é presidente do Sincor-RJ e fundador da Assurê. Já foi vice-presidente da Fenacor, membro do Conselho Nacional de Seguros Privados e tem larga trajetória no mercado de seguros. Conforme destaca, é "corretor de seguros com muito orgulho".

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