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Reflexos da pós-pandemia no planejamento financeiro do brasileiro


Nilton Molina, presidente do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon
Nilton Molina, presidente do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon

Um dos grandes desafios para o crescimento exponencial do mercado de

seguro de vida no país é a consciência da população em torno da chamada

longevidade financeira. Ou seja, o esforço do brasileiro em se planejar para o

futuro. Diferentemente de tantas outras crises que nossa sociedade e nosso

país já passaram, acredito fortemente que esta é a primeira que terá como

principal legado a mudança de comportamento.


Segundo dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais,

Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), a

arrecadação dos planos de risco no ano passado aumentou 10,8% em relação a

2018. Quando comparamos 2019 com 2011, o aumento foi de 115,4%.


Isto mostra que o mercado já havia apresentando uma curva contínua de

crescimento. Neste período, por exemplo, eu, que estou na indústria de seguros

há mais de 50 anos, testemunhei a arrecadação de vida superar a de seguro de

automóveis pela primeira vez na história, em 2017.


O momento atual trouxe à tona um ingrediente a mais para este mercado: a

preocupação das pessoas em torno de proteção e sobre as incertezas do futuro.

Sempre comentei que o brasileiro precisava desenvolver a cultura de ser

previdente na essência, daquela pessoa que se previne e toma as medidas

necessárias antecipadamente e isto tende a ser um novo comportamento.

Outro ponto importante é entender que imprevistos, sim, acontecem. Afinal,

nem o maior dos pessimistas poderia prever a situação na qual estamos

vivendo.


Faço coro à consultoria americana Bain & Company, que apontou que o

mercado de seguros crescerá na crise e seguirá este ritmo pós pandemia. Na

minha opinião, este crescimento não está sustentado no medo, mas, sim, no

preparo para o futuro.


Os debates em torno da previdência social que culminaram na Reforma

aprovada no ano passado já trouxeram um aumento de conscientização pelas

pessoas sobre a importância de assumir as rédeas pelo próprio futuro

financeiro.


Somado a isso, temos ainda a regulamentação dos seguros on demand, que

certamente contribuirá para o crescimento do setor. Esta pode ser uma porta

de entrada de uma série de pessoas neste mercado, como a geração

Millennials, para uma experiência temporária que pode vir a tornar-se perene

no futuro. Também acrescento a forma de distribuição. O brasileiro passou a

aderir cada vez mais ao meio digital e à venda remota, formas que

potencializaram oferta do seguro, rompendo barreiras físicas.


Hoje muitos estudiosos se dedicam a pensar em como será o chamado "novo

normal", que certamente trará inúmeras oportunidades neste mercado que

viveu muitos desafios. No entanto, o maior benefício é para quem perceber a

importância do seguro de vida e a tranquilidade financeira que ele traz para

quem conta com este tipo de planejamento.


Escrito por: Nilton Molina, presidente do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon

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